Magda Cotrofê: Beleza, Verdade e Reinvenção

Ícone dos anos 80, estrela de capas inesquecíveis e símbolo de empoderamento feminino muito antes do termo virar moda.
Magda Cotrofê (Foto: Daniel Pinheiro)

Magda Cotrofê não foi apenas musa, ela foi revolução _ com fio-dental, coragem e voz. Hoje, aos 62 anos, Magda olha para trás sem maquiagem emocional: fala de assédios, superações, autoestima, envelhecimento e da força que encontrou em si mesma para se reinventar.

Na semana do lançamento de sua biografia “O Outro Olhar de Magda Cotrofe”, conversamos com ela sobre tudo o que as fotos não mostram — mas o tempo revela.

Magda Cotrofê (Foto: Daniel Pinheiro)

01: Magda, sua trajetória começou como modelo nos anos 80, em uma época em que o fio-dental ainda causava espanto. O que você acha que mais marcou a sua geração e como isso impactou sua imagem pública?

Sem dúvida, os anos 80 foram um marco por romper padrões. Era uma época de ousadia, de liberdade criativa e de afirmação do corpo da mulher, mas também de muitos julgamentos. O biquíni fio-dental, por exemplo, ainda era visto com muito espanto, e quem o usava acabava sendo rotulada. Acho que o que mais marcou minha geração foi justamente esse paradoxo: ao mesmo tempo em que abríamos caminhos, também enfrentávamos tabus. Isso impactou diretamente a minha imagem pública — fui vista como símbolo de sensualidade, o que, por um lado, me projetou, mas por outro, muitas vezes ofuscou outras camadas minhas. Só com o tempo, e agora com o livro, é que consigo mostrar que havia (e há) muito mais por trás daquela imagem.

Magda Cotrofê (Foto: Daniel Pinheiro)

02: Você foi comparada muitas vezes à Luiza Brunet no início da carreira. Isso foi um peso ou um impulso na sua caminhada?

Na verdade, nem foi um peso, nem um impulso. Foi algo que simplesmente me fez ser notada. A comparação com a Luiza Brunet, que já era um grande nome, acabou me colocando em evidência. Isso ajudou a abrir portas, mas o que veio depois foi fruto da minha própria trajetória, das minhas escolhas e do meu trabalho.”

Livro de Magda Cotrofê (Foto: Daniel Pinheiro)

03: Sua carreira atravessou a TV, o teatro, o cinema e as passarelas. Qual dessas experiências te desafiou mais como mulher e artista?

O teatro, sem dúvida, foi o maior desafio. Estar no palco exige entrega total. Ali, não há cortes nem segundas chances. Foi onde precisei despir todas as máscaras e me conectar com minhas emoções mais profundas. Mas foi também onde mais cresci como artista e como mulher.

Magda Cotrofê (Foto: Daniel Pinheiro)

04: No livro O Outro Olhar de Magda Cotrofe, você expõe momentos de assédio e relações abusivas. Como foi o processo emocional de revisitar essas feridas e transformar dor em narrativa?

Foi um processo doloroso, mas libertador. Ao escrever, revivi sentimentos que estavam guardados havia décadas. Mas, ao mesmo tempo, transformar dor em palavras me deu voz. Foi como ressignificar o que aconteceu e devolver a mim mesma o poder que, por muito tempo, me foi tirado.

Magda Cotrofê (Foto: Daniel Pinheiro)

05: Você fala sobre ter enfrentado períodos de depressão e perda de identidade. Que ferramentas e atitudes foram cruciais para a sua reconstrução pessoal?

A fé, o reencontro comigo mesma foram fundamentais. Precisei olhar para dentro, com honestidade e coragem. Entender que a perfeição não existe, e que se permitir falhar também é humano. Retomar minha autoestima foi um passo importante, assim como o apoio dos meus filhos, que sempre foram meu norte.

Magda Cotrofê (Foto: Daniel Pinheiro)

06: Hoje, aos 62 anos, você lida com o envelhecimento de forma muito lúcida. Como você encara a pressão estética que ainda existe, principalmente para mulheres públicas?

A pressão ainda é cruel, mas hoje eu não me rendo a ela. Entendi que envelhecer é um privilégio. A beleza real está na história que cada ruga conta, na sabedoria que o tempo traz. Não busco mais atender a expectativas externas — quero estar bem para mim, em paz com o meu espelho.

Helô Pinheiro e Magda Cotrofê (Foto: Daniel Pinheiro)

07: Como curadora do Bikini Art Museum na América Latina, você tem uma visão histórica sobre a moda praia. O que o biquíni diz sobre a mulher brasileira ao longo das décadas?

O biquíni é um espelho da mulher brasileira: ousada, livre e resiliente. Ele carrega questões culturais, sociais e até políticas. Cada modelagem diz algo sobre os tempos em que vivemos. E é lindo ver como o biquíni acompanhou o empoderamento feminino, de peça escandalosa a símbolo de liberdade.

Magda Cotrofê e Nani People (Foto: Daniel Pinheiro)

08: Você foi símbolo de sensualidade em capas icônicas, como as da Playboy. Como você enxerga essa imagem hoje? Ela ainda faz parte de quem você é?

Sim, essa imagem faz parte de mim e da minha história. Mas hoje a enxergo com mais distanciamento e consciência. A sensualidade da Magda jovem existia – e existe – mas ela agora vem acompanhada de maturidade, de um outro tipo de força. Não renego essa fase, apenas a coloco no seu devido lugar.

Magda autografando a Playboy de um fã (Foto: Daniel Pinheiro)

09: Você é mãe e empreendedora, com experiência em moda fitness, joias e produção. Qual é o legado que você deseja deixar para as próximas gerações de mulheres?

Quero que outras mulheres saibam que é possível recomeçar quantas vezes forem necessárias. Que elas tenham coragem de se reinventar, de se escolher, de ocupar todos os espaços com dignidade e verdade. Meu legado é mostrar que vulnerabilidade também é força e que ser múltipla não é fraqueza, é potência.

Magda autografando seu livro (Foto: Daniel Pinheiro)

10: Se você pudesse voltar aos anos 80 com a consciência que tem hoje, o que diria à jovem Magda Cotrofe antes de subir na passarela pela primeira vez?

Diria: “Não tenha medo de ser quem você é. Sua força vai muito além da aparência. Acredite em você, mesmo quando os outros tentarem te diminuir. E lembre-se: sua essência é o que te torna única.”

Magda Cotrofê (Foto: Daniel Pinheiro)

“O Outro Olhar de Magda Cotrofe”

Lançada em 2025, a biografia de Magda Cotrofê é um mergulho profundo e corajoso nos bastidores da fama. A obra está disponível na livraria Travessa e traz relatos fortes, inspiradores e, acima de tudo, reais.

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📷Daniel Pinheiro
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