A atriz e modelo Marina Ruy Barbosa, tataraneta de Ruy Barbosa, criada por uma família rica tradicional brasileira, contratada pela Rede Globo e por grandes marcas mundiais, nesta última quinta-feira (14), fez um desabafo à Coluna de Léo Dias, no UOL, sobre a situação comportamental de blogueiras e pessoas voltadas à publicidade neste momento de pandemia ocasionada pelo Coronavírus: “Não dá pra ficar na bolha, tem que furar a bolha e enxergar a realidade, ter um olhar realmente empático e saber que não é hora de ‘#lookdodia’, e, sim, de fazer uma ação solidária e responsável todos os dias. E isso na minha opinião não tem só a ver com dinheiro e sim, com tempo.” Disse.

Marina Ruy Barbosa tem plena consciência de que não é momento para ostentar grandes grifes e fazer uma publicidade que saia da realidade atual do mundo. Ela esclareceu que assim que a Pandemia do novo Coronavírus começou aqui no Brasil, avisou seus parceiros comerciais que não faria postagens sobre vendas de produtos e que somente compartilharia os benefícios desses produtos se houvesse relação com a luta ao combate do Covid-19: “Evitei fazer qualquer post de trabalho nos últimos 20 dias, não me sentia confortável de publicar nada diante do caos acontecendo no mundo e no nosso país”. Ressaltou a atriz.

Marina também tem feito publicidade de empresas interessadas em ajudar trabalhadores, mantendo seus empregos, ou estimular pessoas a criarem seu próprio negócio diante da crise. E tem participado de campanhas de doações de várias ONGs sem ajuda governamental, como é o caso da UNICEF, entre outras.

Assim que iniciou a Pandemia do Coronavírus aqui no Brasil Marina Ruy Barbosa tem mostrado preocupação e tem levado o assunto com muita seriedade em suas redes socias. Este texto escrito pela atriz em 19 de Março já demonstrava sensibilidade e clareza em relação às mudanças que estavam ocorrendo no mundo: “Estamos vivendo um momento muito delicado, cheio de medos e incertezas. E todos temos um papel muito importante a desempenhar para o bem do COLETIVO.
Este tempo de “quarentena” nos obriga a parar, desacelerar e pensar e nos mostra que a única saída para tentar freiar este problema é a empatia.
Entender o que é privação e o que é necessário é fundamental, e faz parte do processo de cada um. É tempo da gente se transformar, para quando tudo voltar ao “normal” estarmos mais fortes e com nossas prioridades de vida mais claras pra cada um.
Me isolar em uma casa confortável, com comida, água, tv, internet, livros… é a realidade de uma minoria, da qual faço parte. Ao vermos as notícias Brasil afora, enxergamos uma realidade BEEEEEM distante de tudo isso, com gente que depende do trabalho diário para ter dinheiro para comer. De gente que não tem água potável se não sair de casa. De gente que vive em comunidades de casas tão pequenas e próximas que o isolamento torna-se impossível. Mesmo assim pedimos, clamamos, exigimos que TODOS sejam responsáveis, cautelosos, cuidadosos. É isso. Ok! Temos mesmo que fazer a nossa parte. Todos nós!
Quem pode, DEVE DAR EXEMPLO. Sem reclamar, sem esquecer dos privilégios que estão por aí, ofertados a uma minoria. E eu me incluo nisso. Não tenho o direito de não cumprir com os protocolos, não tenho o direito de reclamar de nada. Tenho que me colocar recolher e fazer o que está ao meu alcance para que logo logo voltemos a ter uma vida “normal”. Desabafou Marina.